
O tema sexualidade vem recebendo crescente atenção, não só dos meios de comunicação como também na literatura médica. A publicação de estudos enfocando o comportamento sexual vem crescendo desde os anos 1950 e aumentou mais ainda após o advento das pílulas anticoncepcionais e da liberação sexual nos anos 1970. O surgimento de medicações eficazes via oral no tratamento da disfunção erétil trouxe novo impulso para esta questão.
A disfunção erétil, definida como a incapacidade de obter e manter ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória, é um dos vários problemas médicos no campo das disfunções sexuais masculinas.
Alguns estudos demonstraram que até 52% dos pacientes entre 40 e 70 anos apresentam algum grau de disfunção erétil. Além disso, é frequente a associação da disfunção erétil com outras doenças.
Os tabus e restrições culturais, a complexidade da questão da sexualidade e a aceitação da disfunção erétil como uma consequência natural do envelhecimento podem ser apontadas como as prováveis causas do baixo índice de procura de auxílio médico. Esse índice vem aumentando nos últimos anos, mas ainda poderia ser maior.
A procura de um especialista deve se dar não apenas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, mas também porque algumas doenças têm na disfunção erétil o seu primeiro e único sintoma. Publicações científicas vêm ressaltando que a disfunção erétil no homem é considerada um fator preditivo de doença coronariana. Ou seja, homens que apresentam dificuldades de ereção podem ter alterações nas artérias coronárias capazes de evoluir para infarto ou isquemia cardíacas.
Causas
A causa da disfunção erétil é multifatorial e normalmente está relacionada à diabetes, ao colesterol elevado, à hipertensão arterial, ao tabagismo e à obesidade. Além disso, o fator psicológico e algumas medicações também podem afetar diretamente o desempenho sexual no homem.
Outro aspecto importante relacionado à função sexual masculina é deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), popularmente conhecida como “andropausa”. Nos homens, a função de produção de testosterona pelos testículos declina progressivamente com o avanço da idade. Além de causar diminuição do desejo sexual e de afetar a ereção, o déficit hormonal pode causar outras alterações, como osteoporose, alterações de memória, depressão e fraqueza muscular.
As alterações no desempenho sexual masculino têm tratamento médico. Desta maneira, por meio da avaliação e do tratamento correto, podemos descobrir doenças ocultas e melhorar sua qualidade de vida e sua saúde como um todo.